quinta-feira, janeiro 09, 2020

CASAMENTO BLINDADO



Desde o início Deus ensinou que “deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gênesis 2:24). Esse acordo especial, esse vínculo entre um homem e uma mulher, foi criado para durar, como é dito nas cerimônias tradicionais de casamento: “Até que a morte nos separe”. Ele foi planejado para ser um relacionamento para toda a vida (Romanos 7:2-3), que geraria filhos piedosos (Malaquias 2:15) e ajudaria a ambos os cônjuges a compreender melhor a relação profunda de amor entre Jesus Cristo e os membros da “família de Deus”, a Sua Igreja (Efésios 5:25-32; 2:19-22).

Um casamento feliz é uma das maiores bênçãos que podemos usufruir. Deus planejou para que os casais vivessem felizes para sempre, uma vez que trocassem seus votos de casamento.Para este fim Eclesiastes 9:9 instrui aos maridos: “Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem sentido! Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol” (NVI). Da mesma forma, as mulheres devem desfrutar a vida com seus maridos.

No entanto, a julgar pelas taxas de divórcio em muitos países, a humanidade ainda não aprendeu como fazer isso. Todo mundo quer um bom casamento, mas poucos estão dispostos a seguir as instruções de Deus que, se seguidas, produziria relações afetuosas e comprometidas.

Deus criou o casamento e quer que sejamos felizes nele (Gênesis 2:24). Para obter sucesso nessa área da vida, precisamos aprender do Criador do casamento os princípios que levam a uniões felizes e bem sucedidas. Em suma, precisamos compreender e aplicar conceitos que funcionam ao invés de seguir caminhos modernos que tantas vezes têm levado ao fracasso.

De acordo com a Palavra de Deus, o alicerce para um bom casamento é definido muito antes da cerimônia de casamento. É estabelecido quando duas pessoas começam a namorar.

Conforme os filhos crescem os pais costumam ouvir esta pergunta: “Quando posso começar a namorar?” Embora a Bíblia não especifique nenhuma idade apropriada para o namoro, os pais sábios vão ensinar a seus filhos maduros os princípios bíblicos que irão ajudá-los a seguir os padrões de comportamento de Deus. Os pais devem decidir quando seus filhos estão prontos para namorar baseando-se em sua maturidade e disposição de aceitar a responsabilidade por suas ações. Antes de os pais permitirem o namoro, eles devem ensinar e incentivar os filhos a seguir os padrões bíblicos ao invés de deixá-los à vontade para fazerem o que vem naturalmente.

O namoro em nosso mundo moderno traz seus perigos e consequências. Sem instrução adequada, muitos jovens tornam-se promíscuos, contraindo doenças sexualmente transmissíveis, passando por uma gravidez indesejada e escolhendo caminhos errados que no momento parecem divertidos e corretos, mas que levam a enormes angústias (Provérbios 14:12 e 16:25). Desde cedo, eles precisam de instruções, conversas interativas sobre o por quê e como os valores bíblicos podem protegê-los de tamanho sofrimento.Sem essa instrução adequada, muitas pessoas nunca vão experimentar um casamento feliz. Os pais amorosos jamais desejariam tamanha desgraça a seus filhos! Mas deixá-los desavisados é encaminhá-los direto para o sofrimento. Uma boa e clara compreensão dos padrões de Deus sobre o namoro e o casamento é uma das maiores bênçãos que os filhos podem receber de seus pais.

Um alicerce para o casamento


Dentro do casamento Deus dá, ao esposo e à esposa, instruções específicas que trazem paz e felicidade. Que tenha sido ou não seguidas as instruções de Deus a respeito do namoro, esses princípios podem ajudar a qualquer casamento.

Embora a melhor forma de agir seja seguir desde sempre todas as instruções de Deus, mesmo assim Ele permite e incentiva todos a se converter dos seus pecados passados e começar a obedecê-Lo (Ezequiel 18:21; Atos 2:38; 26:18).

Embora as relações sólidas sejam construídas mais rapidamente quando ambos o marido e a esposa aceitam e praticam as leis de Deus, sem dúvida, Deus espera que cada um de nós responda-Lhe, independentemente das circunstâncias do nosso casamento (Tiago 4:17). Mesmo quando apenas um dos cônjuges entrega sua vida a Deus e Suas normas, isto abre a porta das bênçãos de Deus para ambos os parceiros (1 Coríntios 7:13-14). Um exemplo positivo de obediência piedosa a Deus pelo marido ou esposa pode influenciar o outro a querer agradar a Deus (1 Pedro 3:1-4). Uma pessoa pode fazer a diferença.
Um compromisso por toda a vida

No início do livro de Gênesis Deus nos diz que, corretamente, um homem “deixará pai e mãe” e “se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gênesis 2:24, NVI). A palavra hebraica traduzida por “unir-se” é dabaq , que significa “apegar-se, unir, manter-se perto”.

“Usada no hebraico moderno, no sentido de ‘afixar, aderir’, dabaq produz a forma substantiva para ‘ cola ’ e também para as ideias mais abstratas de ‘devoção, lealdade’” ( Dicionário Expositivo de Termos Bíblicos de Vine, 1985, “Unir-se, Apegar-se”).

Quando um casal, marido e mulher, obedece ao mandamento bíblico de unir-se um ao outro, eles vão-se aderir ou ‘ colar ’ um ao outro, literalmente. Ter relações sexuais, sendo “uma só carne”, faz parte do compromisso com o outro no casamento. Esse compromisso inclui a fidelidade, a confiança e o caráter para agir corretamente quando sob pressão ou tentação. No entanto, muitas vezes as pessoas se envolvem com o sexo sem compromisso—uma contradição desse princípio fundamental para casamentos bem sucedidos.

Quando duas pessoas trocam votos no casamento, elas fazem um compromisso vitalício. Biblicamente falando, esta é uma aliança (Malaquias 2:14)—uma promessa solene a Deus e a um companheiro para ser fiel.

Esse compromisso não deve ser encarado com superficialidade ou mantido somente quando se deseja. Precisamos entender que nossos sentimentos podem nos enganar. Deus não se agrada com apenas lampejos ocasionais de lealdade e obediência a Ele sempre que for conveniente a nós. Da mesma forma, a pessoa que deseja um bom casamento nunca deve ver com transitoriedade a pessoa com quem se comprometerá.

Os bons relacionamentos são perduráveis, confiáveis e comprometidos—mesmo em circunstâncias difíceis. Quando duas pessoas se comprometem a seguir a Deus e Suas instruções dentro do seu casamento estão dando os primeiros passos para uma relação feliz e duradoura.

Deus diz aos maridos que devem amar suas esposas (Efésios 5:25, 28; Colossenses 3:19).

Em uma bela explicação do amor que Deus espera de nós, o apóstolo Paulo descreve a natureza e as qualidades deste amor: “ O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece” (1 Coríntios 13:4-8, NVI).

O amor é muito mais do que uma emoção vaga ou uma atração física. Praticar o amor verdadeiro exige uma escolha consciente e determinação. O amor genuíno consegue demonstrar bondade e paciência diante do sofrimento. Não retribui o mal com o mal (Romanos 12:17, 1 Tessalonicenses 5:15). As pessoas que vivem esse tipo de amor seguem o exemplo do próprio Deus, que “é benigno até para com os ingratos e maus” (Lucas 6:35).

Os maridos precisam entender que embora Deus tenha lhes dado a responsabilidade de cuidar da família, a sua posição de liderança deve ser usada apenas para o bem da família. Ela nunca deve ser usada por razões egoístas. Este tipo de liderança vem do entendimento de que, antes de tudo, o marido também está sob autoridade—a autoridade de Deus (1 Coríntios 11:3).
Respeito: a chave para um casamento feliz.

Deus colocou o marido em um papel de liderança na família, mas Ele espera que homens e mulheres pratiquem o respeito e o amor bíblico (Efésios 5:21).
Além de explicar para os maridos como devem amar suas esposas (Efésios 5:25-33), Paulo dá instruções específicas para as mulheres: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido” (versículos 22-24).

Este versículo nos ensina que o reconhecimento despendido pela esposa ao seu marido no papel de liderança é um ingrediente vital no modelo divino para o casamento. Isso não significa que o marido deve sempre tomar todas as decisões. Muitos casais bem sucedidos dividem as responsabilidades domésticas, trabalhando juntos de acordo com seus respectivos interesses e pontos fortes. Em um casamento amoroso, ambos os parceiros devem discutir as principais decisões e prioridades. Então, de acordo com o modelo bíblico, se o marido decidir ter a decisão final todos os membros da família devem respeitar.

Mas há momentos em que o marido sabiamente deve ceder às preferências de sua esposa e filhos. Só porque ele tem o direito de tomar as decisões na família não significa que seja sempre melhor que ele tome essa decisão. Muitas decisões são uma questão de preferência, e preferência é uma questão individual. Um marido e pai amoroso deve ser sensível aos desejos e preferências de cada membro da família, desde que não violem os padrões divinos e familiares.


  • Perdoar. Todo mundo comete erros. Perdoe para que Deus e seu cônjuge estejam inclinados a perdoá-lo também (Mateus 6:15; Lucas 6:37). Dê um passo à frente. As ações, muitas vezes acompanham o pensamento. Aproxime-se de seu parceiro no casamento com um espírito de amor e perdão, e peça a Deus para dar-lhe novamente uma atitude correta (Salmo 51:10). Em vez de deixar que suas emoções negativas o governem, esteja determinado a tratar seu cônjuge com respeito (2 Coríntios 10:5). Muitas vezes, as emoções vão coincidir com suas ações.
  • Buscar ajuda. Se você já fez tudo o que sabia fazer e ainda assim continuam brigando, procure ajuda profissional competente. Ambos, você e seu cônjuge, podem estar cometendo erros, que nenhum dos dois reconheça, mas que um conselheiro pode discernir isso. Isto é salutar, pois pessoas maduras não têm medo de procurar ajuda quando precisam (Provérbios 4:7; 11:14).

Quando maridos e esposas com amor submetem-se às funções que Deus estabeleceu no casamento, eles aprendem a se submeter a Deus. Os relacionamentos íntimos e amorosos entre os maridos e as esposas nos ensinam muito sobre a relação de Cristo com a Igreja (Efésios 5:32). A aplicação dos princípios de Deus no casamento não apenas produz relacionamentos felizes nesta vida como também provê uma maior compreensão dos princípios divinos que durarão por toda a eternidade.

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